A
Crise e suas causas
Também conhecida
como a Moratória russa de 1998,
foi a crise que resultou em uma desvalorização do Rublo (Moeda russa) e
na declaração da moratória (interrupção dos pagamentos internos) até a
renegociação da dívida externa; Que teve como causas
estruturais as altas taxas de endividamento, desemprego, inflação e baixos índices de
crescimento econômico (PIB).
Em grande medida este processo foi resultado de uma transição acelerada e mal sucedida de uma economia planificada para uma economia de mercado, em meio ao colapso político da União Soviética. A crise da economia planificada soviética tem início nos anos 1970, mas foi "maquiada" com a alta no preço das comodities agrícolas e minerais, especialmente do petróleo, após a crise petrolífera de 1973 e a crise petrolífera de 1979-1980. Estes produtos eram exportados em grande quantidade pela então URSS, que também havia aumentado as exportações militares aos países do Terceiro. Com uma economia aquecida e excesso de moedas fortes nas contas do país, os efeitos negativos da economia planificada não eram percebidos como sérios. Entretanto, a queda no preço das comodites, minerais e energéticas (petróleo, gás natural) a partir de 1984-1985, deixou claros os limites daquele modelo. A Perestroika era um plano ousado para realizar uma transição controlada para uma economia de mercado, que fracassou devido ao colapso econômico do país ainda nos anos 1980.
Em grande medida este processo foi resultado de uma transição acelerada e mal sucedida de uma economia planificada para uma economia de mercado, em meio ao colapso político da União Soviética. A crise da economia planificada soviética tem início nos anos 1970, mas foi "maquiada" com a alta no preço das comodities agrícolas e minerais, especialmente do petróleo, após a crise petrolífera de 1973 e a crise petrolífera de 1979-1980. Estes produtos eram exportados em grande quantidade pela então URSS, que também havia aumentado as exportações militares aos países do Terceiro. Com uma economia aquecida e excesso de moedas fortes nas contas do país, os efeitos negativos da economia planificada não eram percebidos como sérios. Entretanto, a queda no preço das comodites, minerais e energéticas (petróleo, gás natural) a partir de 1984-1985, deixou claros os limites daquele modelo. A Perestroika era um plano ousado para realizar uma transição controlada para uma economia de mercado, que fracassou devido ao colapso econômico do país ainda nos anos 1980.
A crise econômica foi agravada
pelo colapso político da URSS e a desintegração territorial da União Soviética em 1991. A partir de 1992, a Rússia procura
implementar uma política de "choque" econômico em direção ao
capitalismo de mercado que foi desastroso, pois nem conseguiu
reestruturar os setores produtivos tradicionais nem implementar outros novos. A
falência de milhares de empresas levou ao aparecimento de milhões de
desempregados, acompanhado de altas taxas de violência urbana. O período
pós-1992 foi de grande turbulência econômica, quando o país mergulhou em
profunda crise econômica, apresentando taxas negativas de crescimento do PIB, altas taxas de inflação e
elevado desemprego. O consumo total de energia na ex-URSS caiu em
quase 50% quando comparada ao período soviético (até 1991). O desemprego
atingia 15% da população economicamente ativa, e 35% dos russos passaram a
viver abaixo da linha da pobreza.
O país havia conseguido eliminar
a economia planificada do período
soviético, sem, entretanto, construir uma nova economia. A incapacidade de
regulação do Estado se fez sentir em todos os níveis. As máfias passaram vastas
regiões do país, enquanto o separatismo resultou
em novos conflitos, como a Guerra da Chechênia de 1994.
Em 1997, como causas
conjunturais, a Crise financeira asiática piorou
sensivelmente a situação da Rússia, basicamente devido à redução da oferta de
crédito internacional e à queda no preço das commodities (agrícolas, minerais e
energéticas) exportadas pela Rússia. A escassez de crédito provocou os efeitos
mais imediatos. Sem conseguir novos empréstimos para pagar as dívidas com
vencimento de curtíssimo prazo, que ultrapassavam os US$ 40 bilhões, nem as de
curto prazo, que chegavam a US$ 80 bilhões (até o fim de 1999),1 a
Rússia decretou uma moratória da sua dívida
externa e simultaneamente desvalorizou sua moeda, o rublo.
Ao mesmo tempo, a crise asiática
provocou uma curta recessão global, que reduziu a demanda por commodities no
mundo todo. O preço do petróleo chegou
a cair abaixo de US$ 10,00 durante algumas semanas de 1998 e se manteve abaixo
de US$ 15,00 até 1999. Isto reduziu sensivelmente o valor das exportações
russas.
A CRISE da moeda
No dia 17 de agosto de
1998, estoura a “crise financeira” da Rússia. O governo russo anuncia a
desvalorização do rublo e uma moratória, que inicialmente teria 90 dias de
interrupção nos pagamentos externos.
A Crise econômica da
Rússia pós-soviética, a crise de 1998 e recuperação econômica nos anos 2000
A crise
foi agravada pela retomada dos confrontos na Chechênia e
o início de uma nova guerra entre os separatistas e o governo russo. No ano de
1998 o PIB russo encolheu 4,9% e a inflação daquele ano atingiu 84%.
Principais consequências da crise
A crise leva à eleição de Vladimir
Putin, que inicia um processo de reorganização do Estado russo.
A partir de 1999, sob o governo
de Putin, a economia russa começou a se recuperar,
mantendo um ritmo de crescimento econômico muito acelerado, ao menos até
a Crise global de 2008. Entre 2000 e 2008,
o Produto Interno Bruto cresceu em
média, cerca de 7% ao ano.
Conclusão
Alguns estudiosos como
Alexashenko, 1999, argumentam que a crise russa em 1998 foi resultado de uma
crise de endividamento que se desenvolveu devido a uma política fiscal fraca.
Essa crise, por sua vez, teria gerado uma outra crise, a financeira, por causa
da política de câmbio. Para eles, a crise de endividamento foi resultado de
erro das autoridades russas. O estopim da crise foi um choque externo inesperado
que gerou uma queda nos termos de troca do país. Além disso, a prevalência de
títulos de dívida doméstica de curto prazo deixava o governo russo dependente
das decisões dos investidores para rolar a dívida. As autoridades russas
acreditavam inicialmente que o problema era gerado por falta de liquidez.
Solução
Obtenção de financiamento externo
ao FMI e aumentando da taxa de juros, gerado pelo Banco Central para tornar a
moeda mais atrativa.
Referências
Alexashenko, 1999



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