Trabalho apresentado como requisito de avaliação do curso de Administração de Empresas da Faculdade UNA Contagem na disciplina de Macroeconomia.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Crise do México 1994




O ano era 1994. O principal país envolvido foi o México. Naquele 20 de dezembro, o governo mexicano decidiu desvalorizar o peso mexicano em uma tentativa de estimular a sua economia internacionalmente. Todavia, o plano econômico deu muito errado e acabou desencadeando crises econômicas na Argentina, no Brasil e outros vizinhos latino americanos. A crise ficou conhecida no mundo todo como Efeito Tequila.
O México estava sem reservas internacionais e a balança comercial do país apresentava números preocupantes. Por isso, o presidente Carlos Salinas, em conjunto com o Ministério da Fazenda tentou realizar uma manobra econômica conhecida como crawling peg, desvalorizando progressivamente a moeda na tentativa de ajustar o câmbio às variáveis de inflação e juros. Desta forma, o peso ficava atrelado ao dólar e sofreria pequenas flutuações diárias.
O que o governo mexicano não esperava era que a inflação mexicana ficasse tão acima dos números registrados pelos EUA. Assim, as importações ficaram muito baratas e a economia mexicana não conseguia exportar na mesma medida. O parque industrial foi detonado pelos produtos importantes, melhores e mais baratos. Para cobrir o desequilíbrio comercial o Banco Central foi forçado a comprar grandes quantidades de dólares, o que por sua vez, exigiu que o Estado abrisse o mercando de títulos aos investidores externos.
O governo de Carlos Salinas também foi marcado por escândalos de corrupção, o que acabou com o interesse de investidores estrangeiros na economia do país. Além disso, um dos candidatos a presidência, Luis Donaldo Colosio, foi brutalmente assassinado, instaurando a tensão no país.
A desconfiança fez com que os investidores não comprassem os títulos mexicanos. Por sua vez, o governo não conseguia cobrir os seus gastos. A situação fez com que o governo não pagasse os débitos aos investidores, provocando uma falha nos bancos e tornando o ciclo vicioso.
Quando Ernesto Zedillo assumiu a presidência, em 1994, também não conseguiu dar conta da situação e a crise se agravou. Em 20 de dezembro de 1994, apenas três semanas após o início do governo Ernesto Zedillo, o Ministério da Fazenda ampliou a banda cambial em 15,3%. O valor do peso imediatamente voltou à metade de seu valor nominal, mergulhando o México numa depressão surpreendentemente profunda. Uma depressão que fez com que em todo o mundo caíssem as cotações dos títulos dos países emergentes. Mais de 200 mil mexicanos perderam seus empregos e milhares de empresas fecharam as portas. A taxa de desemprego era o dobro do ano anterior.
Para sanar o sangramento da economia, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em articulação com organizações multilaterais, garantiu um empréstimo de 50 bilhões de dólares ao México, dos quais 18 bilhões através do FMI. Entretanto, países da América do Sul, principalmente Brasil e Argentina, viram suas moedas serem extremamente desvalorizadas e ser instaurada uma crise de crédito.




As crises financeiras, que ocorreram em países de economia muito dependente do exterior, refletiram nos fluxos de investimentos estrangeiros. 0 gráfico mostra que a crise do México, em 1994-95, e, mais notadamente, a crise asiática, em 1997-98, provocaram retração de investimentos nos países em desenvolvimento e incremento de inversões nos países desenvolvidos, em virtude da migração de recursos em busca de segurança.


Para conhecer mais sobre a crise do México, recomendamos o filme “Efeito Tequila” de 2010.



Peso mexicano




















REFERÊNCIAS









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