O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Sua trajetória:
1978: Entrou na vida política e se Candidatou ao Senado pelo MDB
Quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo.
1985: Senador Fernando Henrique Cardoso, candidata a prefeitura de São Paulo pelo PMDB.
Perdeu as eleições para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo.
1995: Fernando Henrique Cardoso recebe a faixa presidencial de Itamar Franco.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994.
1999: Fernando Henrique Cardoso se torna o primeiro presidente brasileiro reeleito
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil.
2003: Ao final de oito anos de governo, Fernando Henrique Cardoso passa a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva.
FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
O PLANO REAL
O Plano Real foi um plano econômico, desenvolvido e aplicado no Brasil
durante o governo de Itamar Franco. Desenvolvido em 30 de junho de 1994, tinha
como principal objetivo à redução e o controle da inflação.
Elaborado pelo ministro da
Fazenda Fernando Henrique Cardoso, o plano de estabilização da economia contou
com a participação dos seguintes economistas: Gustavo Franco, Pérsio Arida,
Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre outros.
Plano Real
- Todo o programa tinha como base as políticas cambial e monetária.
- A política monetária foi utilizada como instrumento de controle dos meios de pagamentos (saldo da balança comercial, de capital e de serviços), enquanto a política cambial regulou as relações comerciais do país com os demais países do mundo.
OBJETIVOS:
Estabilização econômica
Fim da inflação elevada
MEDIDAS
Ajuste Fiscal -
aumento de impostos e cortes nos gastos públicos para reduzir o desequilíbrio
entre a arrecadação e os gastos públicos.
Desindexação da Economia -
adoção da URV como forma de eliminar a memória inflacionária.
Política Monetária Restritiva -
aumento da taxa básica de juros e aumento dos depósitos compulsórios.
Redução Pontual das Tarifas de
Importação
Câmbio artificialmente valorizado -
para evitar aumento de preços dos produtos importados e manter alta a oferta
interna de produtos.
CONTROLE DA INFLAÇÃO
Fernando Henrique Cardoso fala sobre o
Plano Real, desde sua criação até como estava a situação econômica na entrada
do Governo Lula
Os
efeitos imediatos do Real refletiram-se no aumento da capacidade de consumo da
população, no amplo controle da inflação que caiu de taxas de 50% para 3%,
redução da população miserável brasileira e fortaleceu a imagem do Ministro
Fernando Henrique Cardoso, responsável pela condução do projeto, que despontou
como sucessor natural de Fernando Henrique Cardoso.Também se considera como
efeito direto do plano a vitória do candidato do governo, Fernando Henrique (PSDB-SP),
nas eleições presidenciais de 1994.
Escândalos
Do Plano Real
Fernando
Henrique Cardoso conseguiu sua reeleição no processo
eleitoral de 1998 quando derrotou o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo do novo mandato era de diminuir a dívida pública brasileira, que ultrapassava
nesse período a cifra de 328 bilhões de reais.
Ao fim de seu
primeiro governo (1995 – 1998), a dívida externa alcançou 30% de toda a
produção interna do País (PIB). Além disso, a moeda brasileira estava num
patamar elevado, em que 1 dólar valia 1 real, dificultando as exportações dos
produtos brasileiros. Dessa forma, o processo de privatização foi visto como o
vilão da economia brasileira, que estava endividada nos primeiros anos do
século XXI.
Outros fatores
foram preponderantes para o baixo crescimento econômico do Brasil, como as
altas taxas de desemprego, que assolaram milhares de pessoas; e o
alto índice de corrupção política, que desviou investimentos
das áreas da saúde, educação, transportes etc. As ações corruptivas colocaram o
Brasil nesse momento entre os países do mundo que possuíam os maiores níveis de
desvios de verbas públicas.
A qualidade de
vida foi outro reflexo dos problemas econômicos do país. As desigualdades
sociais estavam alarmantes e o IDH (índice do desenvolvimento
humano que mede a expectativa de vida da população, o grau de escolaridade,
sanitarismo e renda per capita) do ano
de 2001, da Organização das Nações Unidas, mostrou que o Brasil ocupava a 69°
posição entre 162 países.
Os problemas
foram se agravando com o aumento da má distribuição de renda por todo o país. Grande
parcela da população era pobre e possuía uma baixa renda econômica. Por outro
lado, a minoria de ricos concentrava em suas mãos uma grande quantidade de
poder econômico que acentuava os antagonismos sociais. Segundo um relatório da
ONU de 1999, os 20% mais pobres do Brasil detinham apenas 2,5% da renda
nacional, ao passo que os 20 % mais ricos possuíam 63,4%.
A estagnação
econômica também atingiu vários outros setores da sociedade durante os governos
de FHC. Uma pesquisa realizada pela OMS – Organização Mundial da Saúde –
revelou que os serviços da saúde pública brasileira eram piores do que os de
alguns países periféricos, como Paraguai e El Salvador. Entre 191 nações, o
Brasil ocupava a 125° posição em qualidade do sistema de saúde. Na América, o
Brasil ocupou a 30° posição entre 35 países.
Foi com essas
dificuldades que a era FHC chegou ao seu fim em 2002, quando ocorreram novas
eleições e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva do PT
(Partido dos Trabalhadores) conseguiu em sua quarta tentativa a vitória para a
presidência do
Brasil.
noticias.uol.com.br/album/110630fhc_album.jhtm






















Nenhum comentário:
Postar um comentário