Com o enfraquecimento da ditadura militar e aumento de
manifestações sociais no final da década de 70, o que se via, eram constantes
mudanças de liderança no governo na tentativa de controlar a inflação e conter
a revolta da população. Porém, devido a
mais um choque do petróleo, as inúmeras tentativas de diminuição da inflação
pareciam mera ilusão.
A ideia do governo era um crescimento com controle
inflacionário. Mas com a diminuição dos prazos para pagamentos de dívidas, como
pressão dos credores internacionais, o então ministro do planejamento Delfim
Netto teve de desacelerar o crescimento em fins de 1980. De 1981 a 1983 a
recessão foi profunda. Espelho disso é o fato de o PIB ter caído em média 1,6%
nesses três anos. Estima-se também que o declínio na renda da população tenha
sido superior ao ocorrido após a crise de 1929.
Essa política recessiva, no entanto não parecia
adiantar, já que a inflação chegou a um índice de 110,2% em 1980, caiu para
95,2% em 1981 e voltou a subir para 99,7% em 1982. Nesse momento o Brasil já
era considerado insolvente, ou seja, sem condições para pagar suas dívidas, e
para piorar, a moratória (adiamento do prazo para pagamento de dívidas) do
México enterrou a possibilidade de o Brasil conseguir empréstimos externos. O
Brasil então teve de recorrer ao FMI em 1983 e submeter-se à receita que lhe
foi ofertada.
REFERÊNCIAS
Coleção Brasil 500 Anos, Editora
Abril, 12ª Ed. 2001, São Paulo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário