Trabalho apresentado como requisito de avaliação do curso de Administração de Empresas da Faculdade UNA Contagem na disciplina de Macroeconomia.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Período econômico - Anos 60 à 80




A inflação era um fenômeno que desde os meados do governo Kubitscheck causava certa preocupação devido ao seu crescimento desenfreado. Alguns planos de estabilização foram implementados, como por exemplo, o plano de Lucas Lopes e Roberto Campos, de ataque gradualista, entretanto a falta de continuidade de ministros levou ao insucesso do combate a subida dos preços.

Causas da crise dos anos 60
  • O período após 1962 foi marcado por uma crise política e uma queda no ritmo de crescimento econômico.
  • Conforme Bresser Pereira (1985) apud Loureiro (1995, p. 43), as causas desse período de retração podem ser divididas em causas políticas e causas estruturais.


As causas políticas são:
  1. Renúncia do presidente eleito Jânio Quadros, em 1961, com menos de um ano de governo.
  2.  Insegurança política e a incapacidade administrativa do governo João Goulart (1961-1964), vice-presidente de Jânio, que o sucedeu em uma situação política muito delicada.
  3. "Jango" se identificava com os movimentos progressistas (de esquerda).
  4. Os setores mais conservadores da sociedade e os militares não queriam nem que ele assumisse.
  5. "Jango" foi deposto pelo golpe militar de 1964.


Governo de Jânio Quadros
  • O vice-presidente era João Goulart;
  • Jânio se elege com um discurso moralista;
  • Apoio da classe média, dos latifundiários; de parcela da classe industrial, de militares conservadores.
  • Sua eleição interessava aos Estados Unidos, que buscava contrabalançar o impacto político da Revolução Cubana de 1959.


Economia no governo de Jânio Quadros
  • A Economia no breve governo de Quadros: foco no pagamento da dívida externa e no controle da inflação;
  • Instrução n° 204: favorecimento das importações e exportações primárias, em detrimento da industrialização interna;
  • Quadros, em alguns momentos, priorizava sua sua base de apoio e, em outros, a contrariava.
  • 25 de agosto: renúncia do presidente.


O início dos anos de chumbo: 1964
  • Marcha pela Família em São Paulo com apoio do governador Adhemar de Barros e de setores da direita.
  • 20/03/1964: Marechal Castello Branco critica em memorando o Comício das Reformas.
  • 25/03/1964: primeiros conflitos militares
  • 31/03/1964: acirramento do conflito.
  • 01/04/1964: João Goulart vai Porto Alegre e depois se exila Uruguai.
  • Ranieri Mazzili assume governo interino sob junta militar provisória.
  • 1965: decretado o fim das eleições.


A economia no governo Goulart
  • Não houve aumento do consumo agregado como proporção do PIB.
  • Estagnação do consumo agregado contribui para a desaceleração do PIB.
  • A taxa de investimento oscila bastante no período e é bem menor do que a existente no período JK.
  • Desvalorização do cruzeiro pela Instrução n°204 ajuda na reversão do déficit comercial registrado em 1960.
  • O preço das exportações e as importações mostram que a elasticidade do comércio exterior do Brasil foi muito afetada com a política de “verdade cambial” implementada no período de 1960 a 1961;
  • Entre 1960 e 1964, as importações caíram e os preços subiram.
  • A soma dos resultados do saldo do balanço de pagamento dos anos de 1960 a 1964 mostram valor próximo ao superávit de 1961;
  • A desvalorização cambial e o resultante superávit de 1963 e 1964 reduziram o tamanho do déficit do balanço de pagamentos.
  • 1961-1964: pequeno aumento na massa salarial em relação às perdas decorrentes da inflação.
  • Trabalhadores são afetados com a inflação e o ágio cambial em seus produtos consumidos.
  • A política salarial instaurada com a Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943, evita que o custo da especulação cambial recaia em sua totalidade sobre os trabalhadores.
  • O PIB per capita dado apresentou queda resultante do menor ritmo de implementação do modelo substitutivo de importações, no período 1960-1964;
  • A acumulação de capital de não apresenta mudanças estruturais importantes na década de 1960.
  • Agravamento da inflação.
  • Desequilíbrio da relação entre os termos de troca.


REFERÊNCIAS:
  1. BRESSER PEREIRA, L. C. Desenvolvimento e Crise no Brasil: 1930-1983. São Paulo: Brasiliense, 1985. 
  2. LESSA, C. Quinze anos de política econômica. São Paulo: Brasiliense, 1981. 
  3. PACHECO, Luiz Henrique, Paeg e real : dois planos que mudaram a economia brasileira / organização Alkimar R. Moura. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

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