Trabalho apresentado como requisito de avaliação do curso de Administração de Empresas da Faculdade UNA Contagem na disciplina de Macroeconomia.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Rebaixamento de nota do Brasil não deve afetar selo de bom pagador

Mesmo que uma das agências de risco reduza a avaliação do Brasil, o país está longe de perder o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador de sua dívida.
Nas três grandes agências -Standard & Poor's, Moody's e Fitch-, o país está dois "degraus" acima de ter seus papéis considerados um investimento especulativo, com chances reais de calote.
Entre as agências de risco, apenas a americana Standard & Poor's colocou o Brasil em perspectiva negativa, o que significa que pode, de fato, rebaixar a avaliação do país.
Isso aconteceu em junho, quando a chance de o país ser rebaixado era de 33% em um prazo de dois anos. E isso se surgir algum fato material, como deterioração significativa das contas públicas ou perda de credibilidade, que justifique a mudança.
A Moody's retirou, no mês passado, a perspectiva de elevar a avaliação do Brasil (até então, a chance era de melhora), atribuindo a decisão à piora ou à estagnação de dados fiscais e econômicos. Já a Fitch reafirmou, em julho, a avaliação que tinha do país.
"Para rebaixar o Brasil, as agências precisam justificar a ação em relação aos 'ratings' de outros países. Vimos países [EUA] com chance séria de calote que não foram rebaixados", afirmou André Saconato, economista do instituto Brain.
Por enquanto, a chance de rebaixamento aparece mais nas cotações de papéis, ações e moeda brasileiras. E na capa da revista britânica "The Economist", outrora entusiasta do crescimento rápido do Brasil. No final de outubro, porém, o alerta foi do FMI, que pediu um aperto nos gastos públicos.
"Esse mau humor com o Brasil vem da falta de visibilidade do mercado com a política econômica e fiscal, o crescimento abaixo do esperado pelo terceiro ano seguido e a falta de catalisadores de curto prazo para mudar esse sentimento", disse Will Landers, gestor de mercados emergentes da BlackRock.

Editoria de Arte/Folhapress



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