Trabalho apresentado como requisito de avaliação do curso de Administração de Empresas da Faculdade UNA Contagem na disciplina de Macroeconomia.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Motor aditivado

A Anfavea tentará, até janeiro, convencer mais uma vez o governo a prorrogar o IPI reduzido. O preço dos veículos já vai subir na virada do ano, com o uso obrigatório de airbags e freios ABS nos automóveis. Com o aumento do imposto, haverá duas pressões de custo. A entidade diz que o governo perdeu R$ 4,8 bi com o IPI menor, mas ganhou R$ 6 bi com o aumento de vendas.
A incidência de outros impostos, como PIS/Cofins, ICMS e IPVA superou a perda com o IPI porque mais carros foram vendidos, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Yabiku Moan:
— Ainda não sentamos com o ministro Guido Mantega, mas vamos apresentar esses números a ele para mostrar que a perda de arrecadação não é culpa da indústria automobilística.
O problema é que impostos reduzidos de forma temporária provocam antecipação de compras. Ou seja, o governo só arrecada mais porque há concentração de vendas, mas, na prática, está abrindo mão de receita futura. Sobre cada veículo vendido, isoladamente, há entrada menor de recursos para o governo federal.
Os subsídios têm sido o principal combustível da indústria automobilística nos últimos anos. O IPI foi reduzido, linhas de financiamento foram liberadas e um regime especial de benefícios foi criado, o Inovar Auto, que dificultou a entrada dos importados. Criou-se o ambiente perfeito para as montadoras: crédito barato, fechamento de mercado e redução de impostos.
Ao mesmo tempo, os indicadores fiscais se deterioraram e o país corre risco de ter um rebaixamento da nota de crédito. O BNDES terá que emprestar menos.
A produção de veículos cresceu 12,4% até outubro. As exportações aumentaram 30%. As vendas internas de máquinas, 21%, e a produção, 20,8%. O setor lidera a produção industrial no ano, segundo o IBGE, com alta de 11,2%, muito acima do segundo colocado, a indústria de refino de petróleo, que cresceu 7,7%.
Está cada vez mais difícil justificar o gasto com a indústria automobilística. Um setor que apresenta números tão fortes precisa de ajuda?

REFERÊNCIA:
Blog, Míriam Leitão. Disponível em <http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2013/11/07/motor-aditivado-514412.asp Acessado em 07 novembro 2013.

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