Um dos principais fatos
políticos na história do Brasil, o impeachment do
ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em 29 de setembro
de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou a perda do
cargo do ex-presidente, marco do processo que levou à renúncia e perda dos
direitos políticos de Collor por oito anos.
Alguns
Fatos Que Levaram a Saída do Collor
Fernando
Collor de Mello foi o primeiro presidente da República escolhido pelo povo em
eleição direta após a ditadura militar. Ex-deputado federal e ex-governador de
Alagoas, Collor venceu outros 24 candidatos nas eleições de 1989. Disputou o
segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, seu mandato teve curta
duração: 2 anos e 7 meses.
O processo
político do impeachment estendeu-se por sete meses, de 1º de junho (data de
instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito no Congresso) a 29 de
dezembro de 1992 (data em que Collor renunciou ao mandato).
A CPMI foi instalada no
Congresso Nacional para apurar fatos contidos nas denúncias feitas por Pedro
Collor à revista Veja.
O irmão do então presidente questionou a legalidade das atividades do
tesoureiro da campanha de Collor, Paulo César Farias. Segundo Pedro Collor, PC
Farias era "testa de ferro" do então presidente. Após as denúncias, a
CPI mista aprovou o relatório em que acusa o então presidente de receber
dinheiro do esquema PC. Collor reage e, na televisão, pede ao povo que se vista
com as cores verde e amarelo, para demonstrar apoio a seu mandato. "Não me
deixem só, eu preciso de vocês."
Caras-pintadas
Em 16 de agosto de 1992, no entanto, a população tomou as
ruas vestida de preto. Os chamados "caras-pintadas" gritavam palavras
de ordem do movimento Fora Collor.
Depois de a
Câmara aprovar a abertura do processo, em 29 de setembro de 1992, Collor se
afastou do Planalto. No Senado, o impeachment foi aprovado em 30
de dezembro, por 76 votos a 3. No dia anterior, o presidente renunciou ao
cargo, mas não escapou do processo. O vice, Itamar Franco, tomou posse em
definitivo e Collor teve seus direitos políticos cassados até o ano de 2000.
Em 1994,
Fernando Collor obteve uma vitória jurídica: foi absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), por falta de provas. Em 2006, foi eleito senador pelo
PRT de Alagoas. Assim que tomou posse no Senado, em 1º de fevereiro de 2007,
migrou para o PTB.
Collor Nos Dias De Hoje
Vida
de Senador
Nos corredores do Senado, Collor anda a
passos rápidos. Não para quando é abordado por jornalistas. Dentro do plenário,
mantém-se afável com os colegas, até mesmo com aqueles que trabalharam para
retirá-lo da Presidência. Como foi absolvido no STF, Collor não perdeu as
benesses a que um ex-presidente tem direito. Ele tem direito a oito cargos
cedidos pelo Palácio do Planalto – a maioria é segurança. Também pode usar um
carro oficial da Presidência, além do automóvel que tem direito como senador.
De vez em quando, ele empresta o carro oficial para a mulher. Vizinhos afirmam
que já o viram sair da Casa da Dinda com sua Ferrari.REFERÊNCIAS:
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