O Plano Bresser foi plano econômico brasileiro
lançado em 16 de junho de 1987 através dos Decretos-Lei 2335/87 , 2336/87 e
2337/87, pelo então Ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira.
Luiz Carlos Bresser – autoridade responsável pelo plano –
assumiu em 1987, o Ministério da Fazenda em meio a crise provocada pelo Plano
Cruzado, o que ocasionou também uma elevação extraordinária na inflação.
Um mês após a sua posse, a inflação atingiu o índice de
23,21%. O grande problema era o déficit público, pelo qual o governo gastava
mais do que arrecadava, sendo que nos primeiros quatro meses de 1987, já se
havia acumulado um déficit projetado de 7,2% do PIB. Então, em junho de 1987,
foi apresentado um plano econômico de emergência, o Plano Bresser, onde se
instituiu o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários e a URP
(Unidade de Referência de Preços) como referência monetária para o reajuste de
preços e salários.
Com o intuito de diminuir o déficit público algumas
medidas foram tomadas, tais como: desativar o gatilho salarial, aumentar
tributos, eliminar o subsídio do trigo e adiar as obras de grande porte já
planejadas, entre elas o trem-bala entre São Paulo e Rio, a Ferrovia Norte-Sul
e o pólo-petroquímico do Rio de Janeiro. As negociações com o FMI foram
retomadas, ocorrendo a suspensão da moratória. Mesmo com todas essas medidas a
inflação atingiu o índice alarmante de 366% no acumulado dos 12 meses de 1987.
O Ministro Bresser Pereira demitiu-se do Ministério da Fazenda em 6 de janeiro
de 1988 e foi substituído por Maílson da Nóbrega. Este por sua vez declarou que
faria uma política econômica "feijão com arroz", sem "soluções
miraculosas", realizando somente ajustes pontuais para evitar uma
hiperinflação. Todavia, o ano de 1987 que havia terminado com uma inflação
acumulada em 415,87%, foi amplamente superado pelo índice de 1.037,53% ao final
de 1988.
Mailson de Nóbrega implantou uma política econômica "feijão com arroz" |
Bresser e o fracasso com o “Plano Bresser” |
REFERÊNCIAS
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