Trabalho apresentado como requisito de avaliação do curso de Administração de Empresas da Faculdade UNA Contagem na disciplina de Macroeconomia.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tancredo neves/Jose Sarnei – Planos cruzados


Parte da população brasileira gostaria de ver Tancredo Neves eleito presidente da Republica. Sua candidatura nasceu de um grande movimento popular – a campanha das eleições diretas – que clamava por transformações profundas no campo econômico, político e social. Após a frustrada campanha pelas Diretas Já, que arrebanhou multidões em favor da volta pelas eleições diretas, Tancredo Neves foi eleito indiretamente Presidente da República, sucedendo assim o último militar no poder, João Figueiredo. No entanto, Tancredo faleceu em 21 de Abril de 1985 e não chegou a assumir o cargo para comandar a transição para a democracia, fato que levou José Sarney, seu vice, a assumir a presidência da República.

Com a chegada de Sarney, em 1985, as políticas começaram a se tornar heterodoxas, diferentes daquelas defendidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o qual impunha regras duras de ortodoxia econômica ao Brasil como condição para manter seus cofres abertos às necessidades brasileiras. Sarney pegou um Brasil arruinado. Os índices de inflação eram altíssimos, a população sofria com desemprego, miséria e a dívidas externa e interna herdadas do período militar assolavam ainda mais o país.

Em 1986 veio os planos cruzados, porém, uma tentativa frustrada de conter a inflação que crescia voltou a tumultuar as contas externas. Em fevereiro, veio o Plano Cruzado, com o ministro Dílson Funaro. O governo congelou todos os preços e também a taxa de câmbio (o dólar). Extinguiu a correção monetária, mas criou um gatilho: os salários eram reajustados a cada vez que a inflação batesse 20%. Acreditava-se que, ao ser rompido o círculo vicioso entre alta de preços e do dólar, a inflação desapareceria. O que aconteceu, porém, foi um aumento rápido demais da renda de quem ganhava salário. O consumo disparou, as empresas passaram a vender mais no mercado interno e, por isso, as exportações caíram acentuadamente. Faltou mercadoria e, por isso, os preços subiram, causando inflação. As importações também dispararam e fizeram o país queimar todas as suas reservas. Ainda houve uma tentativa de  correção de rumo em novembro, com o Cruzado I e o fim do congelamento, mas os preços subiram desordenadamente até 100%. O país quebrou nas primeiras semanas de 1987 e o presidente José Sarney precisou anunciar nova moratória - mais uma vez o país disse que não teria como pagar o que devia a seus credores.


REFERÊNCIAS







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